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Igreja deve ser hospital de campanha, diz papa à ONG africana

  • Foto do escritor: nospassosdejesus
    nospassosdejesus
  • 13 de ago. de 2016
  • 2 min de leitura

Cerca de 9 mil pessoas participaram na manhã deste sábado, 7, de um encontro na Sala Paulo VI em homenagem à ONG ‘Cuamm, Médicos com a África’. Esta organização foi a primeira no campo da saúde a ser reconhecida na Itália e é a maior na promoção e tutela da saúde dos povos africanos.

Fundada em 1950 por um médico missionário, Francesco Canova, e pelo então bispo de Pádua, Dom Girolamo Bortignon, a ONG trabalha hoje em sete países da África sub-Saraiana pelo direito da saúde de mães, crianças, doentes de Hiv/Aids e tuberculose, portadores de deficiências e pessoas mais pobres.

Francisco chegou às 12h (horário italiano), na Sala Paulo VI, para o encontro. No discurso que fez aos participantes, o Santo Padre disse que a saúde, apesar de negada em várias partes do mundo e em muitas regiões da África, “não é um bem de consumo e nem pode ser considerada ‘um privilégio, mas um direito universal”.

“O Senhor envia vocês como ‘bons samaritanos’ para atravessar a ‘porta’ que conduz do primeiro ao terceiro mundo. E esta é a sua ‘porta santa’”, disse-lhes.

Gestantes e bebês como prioridade

A ONG, com seus médicos, voluntários e colaboradores, atua entre as faixas mais vulneráveis da população, como gestantes e recém-nascidos. Na África, muitas mulheres morrem no parto e seus bebês não superam o primeiro mês de vida por causa da desnutrição e das grandes endemias. Francisco encorajou-os a serem “expressão da Igreja-mãe, que se inclina sobre os mais frágeis e os assiste”.

O Papa disse que a Cuamm deve ser “com” a África, e não “para” a África, o que significa que “são chamados a envolver os africanos no processo de crescimento, caminhando juntos, compartilhando dramas e alegrias, dores e entusiasmos”.

“Exorto-os a manter esta particular abordagem junto às comunidades, ajudando-as a crescer e deixando-as quando forem capazes de prosseguir autonomamente, em uma perspectiva de desenvolvimento e sustentabilidade”.

Igreja não é ‘clínica para VIPs’

Concluindo, o Pontífice encorajou os membros do Cuamm a levarem avante esta obra inspirando-se em uma “missionariedade evangelicamente fecunda’, expressão de uma Igreja que não é uma “clínica para VIP”, mas um “hospital de campanha”. “Uma Igreja de coração grande, próxima dos feridos e humilhados da história, a serviço dos mais pobres”.


 
 
 

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